O que o medo nos faz sentir?
Faz-nos pensar?
O medo antecipado é bem pior, nos
remete a um abismo de sofrimento, a uma vida inteira lembrada em segundo, a uma
certeza de que somos vulneráveis, que somos impotentes quando Deus assim quer.
Por frações de segundo, lembramos-nos
de tudo que nos faz bem de tudo que nos faz mal, do que realizamos e ainda
gostaríamos de realizar, dos desejos secretos, das fantasias não realizadas, de
tudo que poderíamos , poderíamos, poderíamos...
E ao deixa meu pensamento fluir nessa
linha do desejo, vem sim às lembranças dos prazeres vividos, sentidos e
ofertados. O desejo que outrora era combustível para um amor, para uma
fantasia, agora se manifesta como algo impossível, intocável. O toque, o que é
o toque?
Sentir, apalpar, pegar... É muito
mais que isso, é uma sensação, um prazer, tocar o próprio corpo, sentir a
vibração do corpo, sentir o calor do corpo, sentir o desejo pulsando no corpo,
levemente tocando cada parte do corpo, onde, como em libras, faz-se uma
leitura, assim faz-se a leitura do desejo...
E voltamos à realidade de que o medo
também é um combustível para um passo na vida e aprender que não se deve temer,
e sim, deixar que nos mostre tudo que somos capazes de enfrentar...